Micro, pequenas e médias empresas devem se preparar para um
2023 instável, com projeções de crescimento modesto do PIB (Produto
Interno Bruto) e expectativa de inflação elevada. Por isso, é imprescindível se
planejar ainda em 2022, aconselham especialistas.
Segundo o último relatório de mercado Focus, do Banco Central, o PIB deve
crescer 0,75% em 2023, enquanto a Selic deve cair dos atuais 13,75% para
11,75%. A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) deve ser de 5,08%, e US$ 1 deve valer R$ 5,25.
“Com uma situação macroeconômica desafiadora, pequenas empresas devem
buscar prover para a economia regional, onde elas conseguem se diferenciar”,
diz Cibele Pestillo, consultora do Sebrae.
No mercado há 15 anos, a Ecoquest, especializada em descontaminação do ar
e sanitização de ambientes, viu um salto na demanda pelos seus serviços a
partir de 2020, em decorrência da pandemia. Em 2021, seu faturamento
cresceu 35% em relação ao de 2020; neste ano, a cifra deve ser 20% maior
que a de 2021.
Com o crescimento das vendas, a Ecoquest, de São Paulo, se estruturou
para atender mais cinco capitais: Rio, Salvador, Recife, Porto Alegre e
Belo Horizonte. Hoje, tem 25 funcionários e 500 clientes.
Em 2023, a empresa pretende manter o patamar de crescimento com a
expansão para cidades do interior, especialmente no Centro-Oeste.
De acordo com Henrique Cury, 52, fundador e presidente, o
planejamento começa pela parte comercial, com a ajuda de um
consultor. “Como somos uma empresa pequena em trajetória de
crescimento, tudo deriva do comercial. É a partir dos contratos
assinados que montamos nossos planos de ação.”
Neste ano, por exemplo, a companhia firmou um contrato com um
grande banco para descontaminar 71 edifícios, o que demandou a
criação de uma célula específica para atender o cliente.

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