A aplicação do gás ozônio em ambientes internos pode ser uma grande aliada na luta contra contaminações, principalmente neste período de sérias preocupações com a segurança microbiológica em ambientes com alta rotatividade de pessoas. Conheça um pouco mais essa tecnologia:
1.Por que ozônio?
Na estratosfera terrestre, o ozônio existe em altas concentrações e atua como um escudo que absorve a maior parte da radiação ultravioleta do sol, daí o termo “camada de ozônio”. Mas como agente esterilizante, o ozônio tem um papel muito diferente: ele é um potente agente antimicrobiano. Na verdade, é o oxidante mais eficaz conhecido pelo homem.
2.A desinfecção com ozônio é uma tecnologia nova?
Não. O primeiro gerador de ozônio foi desenvolvido pelo cientista alemão Werner Von Siemens em 1857, para descontaminar a água. Os primeiros estudos sobre o ozônio como desinfetante do ar ocorreram no início do século XX.
3. Quais os efeitos de uma desinfecção com ozônio?
O Ozônio é capaz de inativar vírus, bactérias, fungos e diversos micro-organismos nocivos à saúde humana. Além de desinfetar, o ozônio é um potente desodorizador natural, eliminando odores desagradáveis do ambiente. Cheiro de cigarro, cheiro de comida, mofo e muitos outros odores são facilmente eliminados do ambiente com o uso do ozônio.
4.Como é feita a aplicação?
Um dispositivo gerador do gás é inserido no ambiente interno, que deve estar totalmente desocupado e fechado. Após insuflar o gás no ambiente por determinado tempo, abrem-se portas e janelas para que o gás se dissipe.
5. Quais segmentos do mercado podem se beneficiar da descontaminação com ozônio?
Há muitos anos, hospitais, indústria alimentícia e farmacêutica adotaram a desinfecção com ozônio para uma maior segurança em seus processos. Hoje em dia, como a pandemia, a sanitização com ozônio vem sendo muito aplicada em condomínios, clínicas médicas e dentais, além de salas comerciais que tenham sido ocupadas por pessoas infectadas. Ainda, qualquer ambiente com ocupação rotativa, como quartos de hotel, aeronaves, escritórios e navios de cruzeiro, se beneficiam muito da desinfecção de vírus, bactérias e outros riscos à saúde usando o ozônio.
6.O ozônio inativa o Coronavírus?
O ozônio demonstrou ser altamente eficaz para inativar o vírus da SARS, apresentando uma taxa de inativação não inferior a 99%. O SARS-CoV2 (2019), um vírus envelopado como todos os outros coronavírus, mostra 80% de similaridade de sequência do genoma com o SARS-CoV (2002) e isso sugere que o ozônio pode ser igualmente eficaz no novo coronavírus.
7.Quais as vantagens de se usar ozônio na desinfecção de ambientes?
Ele é facilmente gerado, atinge as superfícies mais difíceis de se alcançar em uma área de exposição e se dissipa rapidamente após a aplicação, sem deixar residuais de qualquer natureza. Cômodos inteiros e todos os materiais dentro dos ambientes (cortinas, tapetes, portas, maçanetas, cantos das paredes, piso abaixo de móveis, etc.) podem ser sanitizados muito mais completamente.
8. Existe alguma contraindicação para o uso do ozônio?
A única contraindicação diz respeito à ocupação do ambiente. Para uma aplicação segura, é necessário que o local esteja totalmente desocupado. Importante salientar também que o ozônio tem eficácia pontual. Ou seja, se depois da descontaminação o ambiente for exposto novamente a outra fonte de contaminação, será necessário realizar numa nova aplicação. Outras tecnologias ativas de satinização, como o peróxido de hidrogênio, são mais modernas nesse sentido, pois atuam de forma contínua e preventiva, em ambientes ocupados, evitando que uma nova contaminação aconteça.
9.Existe legislação específica que regulamenta?
O ozônio é um gás que em altas concentrações se torna tóxico para os humanos. No Brasil, a regulamentação está na MR15 de saúde ocupacional, que coloca como limite máximo a exposição durante 8 horas de 0,08ppm de gás ozônio. Como a medição não é 100% segura, as boas práticas exigem que a aplicação do ozônio seja feita somente em ambientes desocupados.
10. É uma tecnologia ecológica?
Totalmente. Por se tratar de um gás instável, ele se transforma espontaneamente em oxigênio e se dissipa rapidamente na atmosfera, sem causar nenhum dano ao meio ambiente. Além disso, não deixa nenhum residual que possa pôr em risco a saúde de adultos, crianças, animais ou plantas.
Fontes: