Mudanças Climáticas: Quais os impactos que devemos esperar na Qualidade do Ar Interno?

21 de maio de 2024
Manaus Fumaça Queimadas

As mudanças climáticas têm efeitos profundos não apenas no ambiente externo, mas também se infiltram em nossos espaços internos, afetando a qualidade do ar que respiramos diariamente.

A conexão entre o clima global em transformação e a poluição do ar interior é uma preocupação crescente que abrange desde os poluentes derivados de fontes externas até a contaminação gerada dentro de nossas próprias casas e locais de trabalho.

À medida que o planeta continua a aquecer, enfrentamos uma série de desafios que podem comprometer a saúde respiratória e cardiovascular das populações.

Poluição do Ar Externa

As mudanças climáticas estão alterando as condições meteorológicas, incluindo temperatura e precipitação, o que tende a aumentar os níveis de ozônio ao nível do solo e material particulado. De acordo com um estudo publicado na Environmental Research Letters, a elevação das temperaturas e a intensificação de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, podem exacerbar a formação de ozônio ao nível do solo, um poluente nocivo que agrava doenças respiratórias e cardiovasculares. O material particulado (PM), especialmente as partículas finas (PM2.5), também tende a aumentar em condições mais secas e quentes, conforme observado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Esses poluentes podem entrar nos edifícios através de portas e janelas abertas, bem como pelos sistemas de ventilação, aumentando a exposição interna.

Poluição do Ar Interna

O aumento da poluição do ar externa piora ainda mais a qualidade do ar interno, pois os edifícios mal ventilados acabam concentrando em seu interior poluentes como ozônio e material particulado, que se combinam com poluentes gerados internamente, como compostos orgânicos voláteis (COVs) emitidos por materiais de construção e produtos de limpeza. Estudos indicam que a qualidade do ar interno pode ser significativamente pior que a externa devido a essa combinação de fatores. Poluentes internos são associados a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e respiratórias, como asma.

Fumaça de Incêndios Florestais

As mudanças climáticas têm levado a um aumento na frequência e na duração dos incêndios florestais. A fumaça desses incêndios contém uma mistura complexa de partículas finas, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), a exposição à fumaça de incêndios florestais pode agravar condições respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Além disso, a fumaça pode viajar grandes distâncias, afetando a qualidade do ar em regiões distantes dos incêndios, como demonstrado por estudos sobre o transporte de poluentes atmosféricos.

Alérgenos Aéreos

Com as mudanças climáticas, espera-se que as estações de primavera e verão sejam mais longas e com início mais precoce. O aumento das temperaturas e das concentrações de dióxido de carbono estimula o crescimento de plantas que produzem pólen, como gramíneas, árvores e ervas daninhas. Segundo a American Academy of Allergy, Asthma & Immunology (AAAAI), esses fatores podem levar a um aumento na quantidade de pólen no ar e prolongar a estação de alergias, exacerbando condições como a asma. Estudos mostram que os níveis de pólen já estão aumentando em várias partes do mundo, correlacionando-se com o aumento das temperaturas globais.

Crescimento de Fungos

O aumento da temperatura e da umidade devido às mudanças climáticas cria condições ideais para o crescimento de fungos, como o mofo. A umidade pode se acumular em edifícios, especialmente em áreas mal ventiladas, levando à proliferação desses fungos. Esses organismos liberam esporos no ar, que podem ser inalados e causar problemas de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição a fungos está associada a alergias, asma e infecções respiratórias em indivíduos imunocomprometidos. Além disso, os fungos podem degradar materiais de construção, liberando compostos orgânicos voláteis que contribuem para a poluição do ar interno.

Como melhorar a Qualidade do Ar Interno

As mudanças climáticas e os consequentes impactos negativos na qualidade do ar, tanto interno quanto externo, exigem a adoção de medidas eficazes para garantir ambientes internos saudáveis. A seguir, são apresentadas diversas estratégias e tecnologias para mitigar esses impactos:

Controle de Umidade

Manter os níveis de umidade entre 40% e 60% é crucial para prevenir o crescimento de fungos. O uso de desumidificadores em áreas propensas à umidade, como porões, banheiros e cozinhas, pode ajudar significativamente. Além disso, assegurar uma ventilação adequada é essencial para reduzir a umidade acumulada.

Filtros HEPA

Os filtros de ar de alta eficiência (HEPA) são amplamente reconhecidos por sua capacidade de remover pelo menos 99,97% das partículas de 0,3 micrômetros de diâmetro. Estes filtros são eficazes na captura de poluentes como pólen, esporos de fungos, ácaros e material particulado fino (PM2.5). A instalação de purificadores de ar equipados com filtros HEPA em residências e locais de trabalho pode melhorar significativamente a qualidade do ar interno.

Tecnologia ActivePure

A tecnologia ActivePure é uma inovação no campo da purificação do ar que utiliza um processo baseado em oxidação avançada para eliminar contaminantes no ar e em superfícies. Este sistema emprega uma combinação de luz UV e um catalisador patenteado para produzir moléculas oxidantes que destroem vírus, bactérias, fungos e outros poluentes em nível molecular, sem que eles precisem passar pelos filtros do sistema de ventilação. Ou seja, funciona de maneira mais rápida e eficiente que um filtro HEPA, por exemplo.

Monitoramento da Qualidade do Ar

O uso de sensores e sistemas de monitoramento da qualidade do ar pode ajudar a identificar e responder rapidamente a problemas de poluição do ar interno. Dispositivos que medem a concentração de COVs, PM2.5, dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes fornecem dados em tempo real, permitindo ajustes imediatos nos sistemas de ventilação e purificação para manter um ambiente saudável.

Conclusão

Mitigar os impactos negativos que as mudanças climáticas exercem sobre a qualidade do ar interno requer uma abordagem multifacetada que inclui o controle da umidade, a implementação de tecnologias avançadas de tratamento do ar e a manutenção regular dos sistemas de ventilação. Adotar essas medidas se faz cada vez mais necessário diante de um cenário de incertezas climáticas.

 

Fontes:

https://www.epa.gov/wildfire-smoke-course

https://www.who.int/publications/i/item/9789289041683

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352710218300868

https://www.aaaai.org/global/climate-change-and-allergy

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