Norovírus, causador de virose no litoral, também se espalha pelo ar e superfícies

14 de janeiro de 2025

Recentemente, o litoral sul de São Paulo enfrentou um surto de virose confirmado como sendo causado pelo norovírus, um patógeno altamente contagioso e responsável por quadros intensos de gastroenterite. Episódios como esse costumam ser associados exclusivamente ao contato direto com águas contaminadas ou alimentos infectados, mas a realidade vai além: o norovírus também se espalha pelo ar e por superfícies contaminadas, o que torna seu controle ainda mais desafiador.

 

O CDC e as Diretrizes sobre o Norovírus

Segundo as orientações do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), o norovírus é altamente contagioso e se espalha de diversas maneiras, incluindo através de alimentos contaminados, água e superfícies. O CDC especifica que as partículas invisíveis de fezes ou vômito de uma pessoa infectada podem contaminar alimentos e superfícies, com apenas algumas dessas partículas sendo suficientes para causar a doença. A transmissão pode ocorrer por:

  1. Alimentos contaminados: O vírus pode ser transmitido quando uma pessoa infectada toca alimentos com as mãos não lavadas, ou quando os alimentos entram em contato com superfícies ou utensílios contaminados.
  2. Água contaminada: O norovírus pode ser transmitido quando a água de consumo ou recreação é contaminada por pessoas infectadas, seja por vômito ou fezes, ou quando a água não é tratada adequadamente.
  3. Superfícies contaminadas: A transmissão ocorre frequentemente quando uma pessoa infectada toca superfícies, ou quando micropartículas de vômito se espalham pelo ar e contaminam superfícies.

O CDC também aponta que o norovírus é especialmente contagioso durante o período em que os sintomas estão presentes, não descartando os primeiros dias após o desaparecimento dos sintomas, quando uma pessoa ainda pode transmitir o vírus sem saber.

 

A Transmissão do Norovírus: Além do Contato Direto

O estudo realizado por Malin Alsved e colaboradores (“Sources of Airborne Norovirus in Hospital Outbreaks”, 2019) investigou a relação entre os sintomas de gastroenterite e a presença de norovírus no ar em ambientes hospitalares. A pesquisa revelou que, em surtos de norovírus, o vírus pode ser detectado em amostras de ar coletadas nas proximidades de pacientes com infecção ativa. Esse achado sugere que a disseminação do vírus não se limita ao contato direto, mas também ocorre por partículas que ficam suspensas no ambiente.

 

Contaminação por Superfícies: O Papel das Partículas Pequenas

Embora a transmissão aérea seja uma preocupação crescente, a contaminação por superfícies continua sendo uma das formas mais comuns de disseminação do norovírus. No estudo mencionado, foi observado que partículas de tamanho inferior a 0,95 µm, assim como aquelas superiores a 4,51 µm, continham material genético do norovírus. Isso sugere que tanto o contato com superfícies contaminadas como a inalação de partículas microscópicas contaminadas podem ser vias de infecção.

A persistência do norovírus em superfícies, especialmente em locais públicos e de alta circulação, como hospitais, escolas e áreas turísticas, torna a prevenção um grande desafio. Estudos mostram que o vírus pode sobreviver por dias, ou até semanas, em superfícies como maçanetas, balcões, teclados e bancadas. Assim, o ato de tocar uma superfície contaminada e depois levar as mãos à boca ou aos olhos é uma das formas mais comuns de infecção.

Já um estudo realizado pela Universidade Laval, em Quebec, destacou que as amostras de ar não estavam limitadas às áreas próximas aos pacientes, mas também foram detectadas em locais como estações de enfermagem e áreas externas aos quartos dos pacientes, com até 50% das amostras fora das salas de atendimento apresentando vestígios do vírus. A concentração de partículas de norovírus no ar variou entre 13 e 2350 partículas por metro cúbico, sendo que uma dose de apenas 20 partículas é suficiente para causar gastroenterite. Essa descoberta implica que o controle da transmissão aérea deve ser considerado ao elaborar políticas de prevenção, especialmente em ambientes de saúde.

 

Implicações para a Prevenção e Controle em Ambientes Fechados

Com base nas descobertas desses estudos e nas diretrizes do CDC, fica claro que as estratégias tradicionais de controle da infecção, como a lavagem das mãos e a limpeza de superfícies, precisam ser complementadas com outras medidas, especialmente em ambientes de alta circulação.

  1. Higienização rigorosa de superfícies continua sendo fundamental. A desinfecção frequente de superfícies tocadas por várias pessoas é essencial para evitar a propagação do vírus. Produtos de limpeza eficazes contra norovírus devem ser usados, e as superfícies devem ser limpas regularmente.
  2. Ventilação adequada é crucial para reduzir a concentração de partículas virais no ar. Ambientes com boa circulação e desinfecção de ar podem minimizar o risco de transmissão aérea. A instalação de unidades móveis de filtragem e descontaminação de ar  também são medidas a serem consideradas.
  3. Treinamento contínuo e conscientização de profissionais de saúde e do público em geral sobre a importância da higiene das mãos, do uso adequado de luvas e da limpeza constante de superfícies é uma estratégia preventiva crucial.

Tecnologia ActivePure: Uma Solução Promissora na Descontaminação de Ambientes Fechados

Com o entendimento sobre a transmissão do norovírus por superfícies e pelo ar, soluções inovadoras que combatam diretamente a presença do vírus no ambiente tornam-se cada vez mais necessárias. Entre as tecnologias mais promissoras nesse campo está a Tecnologia ActivePure, desenvolvida a partir de pesquisas da NASA e já amplamente testada em ambientes controlados.

Estudos científicos demonstraram que a ActivePure é capaz de inativar o murine norovírus, um modelo usado frequentemente em testes laboratoriais para avaliar a eficácia contra o norovírus humano.

Essa tecnologia funciona por meio de um processo contínuo de descontaminação do ar e superfícies, sem a necessidade de produtos químicos ou procedimentos manuais. A ActivePure emite moléculas purificadoras que eliminam vírus, bactérias e outros patógenos, reduzindo significativamente o risco de transmissão em locais fechados.

Vantagens do Uso de ActivePure em Ambientes Fechados

  1. Descontaminação contínua e automatizada: Diferente dos métodos convencionais, que requerem a limpeza periódica de superfícies, a tecnologia ActivePure age de forma constante, reduzindo rapidamente a carga viral no ar e nas superfícies de contato.
  2. Segurança para ambientes ocupados: Como a tecnologia é segura para uso contínuo, pode ser aplicada em locais com alta circulação de pessoas, como escolas, escritórios, hospitais e clínicas, sem interrupção das atividades.
  3. Redução do risco de surtos: Ao inativar patógenos no ar, a ActivePure reduz significativamente o risco de contágio por transmissores aéreos.
  4. Complemento às medidas tradicionais: Embora não substitua a importância de práticas de higiene e desinfecção, a ActivePure atua como uma barreira adicional de proteção, reforçando a prevenção em ambientes onde o contato próximo e o uso compartilhado de superfícies são inevitáveis.

Conclusão

A aplicação de tecnologias como a ActivePure representa um avanço importante na luta contra a disseminação de vírus altamente contagiosos, como o norovírus. Em um cenário onde a transmissão aérea e por superfícies exige uma abordagem multifacetada, soluções que oferecem descontaminação contínua e eficaz tornam-se essenciais para proteger a saúde de milhares de pessoas em ambientes fechados.

Com a combinação de medidas tradicionais — como a higienização frequente e a ventilação adequada — e inovações tecnológicas, é possível criar ambientes mais seguros e reduzir substancialmente o impacto de surtos de doenças infecciosas. A ActivePure desponta como uma aliada de peso nesse desafio, oferecendo uma camada adicional de proteção que pode fazer a diferença em locais críticos, como escolas, escritórios e hospitais.

 

Fontes:

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7201413/

https://www.cdc.gov/norovirus/causes/index.html

https://www.contagionlive.com/view/noroviruses-can-spread-through-the-air

 

 

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