Movimento liderado por mães pede mais qualidade do ar nas escolas de Winsconsin

24 de outubro de 2023
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Assim como a água que bebemos, o ar que respiramos é igualmente importante.

“O que comecei a aprender, apenas uma coisa básica, foi como a qualidade do ar interior afeta a saúde e o desempenho das crianças”, disse Jayne Black, fundadora da ONG Green Schools Rock, que atua no estado de Wisconsin, USA.

Liderando um grupo de mães, ela vem trabalhando com legisladores estaduais em uma proposta de lei sobre qualidade do ar interno para escolas. “Precisamos fazer algo e fazer com que as pessoas considerem a qualidade do ar interior tão importante quanto a forma como encaramos a água e a poluição”, declara.

Ela também se associou à American Lung Association. O seu website mostra estudos que associam a má qualidade do ar interior a vários resultados prejudiciais, incluindo o aumento das faltas dos alunos devido a infecções respiratórias ou respostas alérgicas e a redução do desempenho acadêmico.

Uma das participantes do grupo Moms Clean Air Force Wisconsin afirma: “Só de sentir sono na sala de aula é porque o nível de qualidade do ar não é ideal, e isso pode enfraquecer o desempenho acadêmico e a concentração”.

Além da atuação frente aos legisladores, elas também fazem campanhas para doação de purificadores de ar para as escolas. Segundo o Departamento de Educação do estado, existem 1.200 escolas em Wisconsin, mas apenas 450 acessaram o benefício colocado à disposição para melhorar a ventilação nas escolas.

Um problema invisível

Nem sempre os problemas de ar interno produzem impactos facilmente reconhecidos na saúde, no bem-estar e no desempenho escolar da criança.

Mas eles existem sim, e são significativos. Os sintomas mais comuns incluem dores de cabeça, sono, fadiga, falta de ar, congestão dos seios da face, tosse, espirros, tonturas, náuseas e irritação dos olhos, nariz, garganta e pele.

Importante esclarecer que esses sintomas também podem ser causados ​​por outros fatores, como iluminação insuficiente, estresse, ruído e muito mais. Portanto, há que se verificar a salubridade das salas de aula em muitos aspectos: qualidade do ar interno, luminosidade, isolamento acústico, dentre outros.

Outra consequência do consumo de ar de baixa qualidade é a queda no desempenho cognitivo. Se estamos falando de escolas, este deveria ser o último local no mundo com baixa qualidade do ar.

Crianças são mais suscetíveis

Sabe-se que devido às sensibilidades variáveis ​​entre os ocupantes da escola, os problemas de QAI podem afetar cada pessoa de maneiras diferentes.

Mas sabe-se também que os corpos em desenvolvimento das crianças podem ser mais suscetíveis a exposições ambientais do que os dos adultos. As crianças respiram mais, comem mais alimentos e bebem mais líquidos em proporção ao seu peso corporal do que os adultos. Portanto a qualidade do ar nas escolas é uma preocupação mais que genuína.

A manutenção adequada da qualidade do ar interno, neste caso, engloba a segurança e o própria missão de uma escola: o desenvolvimento cognitivo e a formação de seres críticos e conscientes.

Exemplos nacionais e internacionais

Em fevereiro de 2020, mesmo antes da eclosão da pandemia por coronavírus nos Estados Unidos, o senador norte americano Cory Booker e a deputada Katherine Clark apresentaram um projeto chamado “Clean Air, Sharp Minds” que visa fornecer $ 20 milhões em subsídios para as escolas instalarem tecnologias para a qualidade do ar interno, avaliando seu impacto na aprendizagem.

O Canadá também vem discutindo este assunto há alguns anos. Em novembro de 2020, um coletivo de médicos e cientistas divulgou um estudo não oficial realizado nas escolas da área de Montreal, que mostrou que 75 por cento das salas de aula apresentaram problemas de ventilação significativos e níveis de dióxido de carbono acima dos níveis aceitáveis, o que poderia favorecer a transmissão de COVID-19.

No Brasil, muitas escolas passaram a encarar o problema de frente, atuando com mais consciência em relação ao manejo de portas e janelas, além da implementação de um sistema de monitoramento e de tecnologias ativas de purificação do ar. Como fornecedores de soluções nesse sentido, percebemos um aumento expressivo na procura de escolas e instituições de ensino.

Conclusão

Se antes a qualidade do ar dentro das escolas não costumava ser muito discutida, a pandemia de Covid-19 veio para mudar a situação, ampliando a ressonância dessa problemática.

A medição e o controle da qualidade do ar interno, através da implementação de filtros e tecnologias avançadas de descontaminação do ar como a Ionização Rádio Catalítica se fazem cada vez mais necessárias e urgentes em um mundo que conhece cada vez mais os impactos negativos da poluição sobre a cognição. Um mundo que, provavelmente, deverá aprender a conviver com o surgimento de eventuais epidemias e pandemias.

 

Fontes:

https://www.greenschoolsrock.com/about-us/

https://www.wbay.com/2023/10/18/moms-fighting-better-air-quality-schools/

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