A recente pandemia de COVID-19 contribuiu imensamente para aumentar a conscientização sobre a importância da qualidade do ar para a saúde humana, e para e o fato de que o ar interior é um vetor de infecções transmitidas pelo ar.
A poluição do ar interior se tornou uma importante questão de saúde pública mundial, que exige esforços crescentes em pesquisa e formulação de políticas.
Hoje sabe-se que as concentrações de diversos poluentes podem ser maiores em ambientes internos do que em ambientes externos. Além disso, a presença de poluentes internos, mesmo em baixas concentrações, pode ter importante impacto na saúde devido aos longos períodos de exposição.
Paralelamente, sabemos que a população mundial está envelhecendo, em particular no mundo desenvolvido, com um aumento significativo na porcentagem de pessoas acima de 60 anos.
Os idosos representam um segmento da população mais vulnerável às condições ambientais adversas. Entre eles, a qualidade do ar interior é uma das questões mais relevantes, pois os idosos passam comparativamente mais tempo dentro de casa do que as gerações mais jovens.
À medida que as pessoas envelhecem, seus corpos são menos capazes de compensar os efeitos dos riscos ambientais. A poluição do ar pode agravar doenças cardíacas e derrames, doenças pulmonares, como asma, e diabetes. Isso leva ao aumento do uso de medicamentos, mais visitas a profissionais de saúde, admissões em salas de emergência e hospitais e até morte.
Segundo o FDA americano, o ozônio e o material particulado (especialmente a poluição por partículas finas e menores chamadas PM 2.5) têm maior potencial de afetar a saúde dos idosos. A poluição por partículas finas tem sido associada à morte prematura, arritmias cardíacas e ataques cardíacos, ataques de asma e desenvolvimento de bronquite crônica. O ozônio, mesmo em níveis baixos, pode exacerbar doenças respiratórias.
Outras substâncias encontradas no ambiente interno que estão entre os principais determinantes da saúde de um idoso são: compostos orgânicos voláteis (COVs); dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2) e biocontaminantes (bactérias, fungos, vírus, alérgenos, pelos de animais).
A QAI e a ventilação adequada são, por sua vez, estratégias inteligentes e simples de implementar para reduzir o risco de problemas de saúde e apoiar a segurança e o bem-estar das pessoas que vivem em residências para idosos.
Os sistemas de purificação e desinfecção do ar interno, sejam eles portáteis ou implementados no sistema HVAC, eliminam com extrema eficiência os principais contaminantes aqui citados, tendo o potencial de melhorar a saúde, o bem-estar e os cuidados para com essa população. Além disso, as tecnologias de QAI também atuam para neutralizar odores indesejados, o que é de particular importância em uma instalação residencial comunitária.
Dessa forma, o uso de tecnologias de descontaminação do ar em ambientes internos proporciona soluções necessárias dentro das instalações, aumentando a biossegurança interna e melhorando a experiência do residente.
Fontes:
https://www.airnow.gov/air-quality-and-health/older-adults/
https://www.mdpi.com/2076-3298/9/7/86/htm
https://www.interimhealthcare.com/resources/aging-in-place/4-ways-to-improve-indoor-air-quality-for-seniors/https://erj.ersjournals.com/content/21/40_suppl/15s