Períodos de seca extrema, como os que o Brasil vem enfrentando atualmente, com índices de umidade equivalentes a áreas desérticas, podem causar diversos impactos negativos à saúde. A umidade do ar abaixo de 30%, comum em épocas de estiagem, agrava problemas respiratórios, irrita mucosas e facilita a transmissão de vírus e bactérias.
Nessas circunstâncias, muitas pessoas acabam recorrendo aos umidificadores de ambiente para aliviar os efeitos do ar seco. Esses aparelhos ajudam a aumentar a umidade do ar, tornando o ambiente mais confortável e reduzindo o desconforto causado pelo ressecamento das vias respiratórias, da pele e dos olhos.
No entanto, apesar de melhorarem o conforto para a respiração, é preciso entender as limitações e até mesmo os perigos envolvidos no uso indiscriminado de umidificadores.
- Eles não tratam o ar Equipamentos umidificadores em geral são projetados para aumentar a umidade do ambiente, mas não necessariamente tratam o ar de maneira a remover ou neutralizar microorganismos. O controle da qualidade do ar envolve não apenas a regulação da umidade, mas também a remoção de contaminantes e patógenos, o que não acontece com o uso de umidificadores simples.
- Risco de Legionella Ao adicionar umidade sem um controle adequado, cria-se condições ideais para a proliferação de fungos, mofo e bactérias, dentre elas a Legionella, uma bactéria que pode causar infecções respiratórias severas. Apesar de ser inócua quando ingerida, ela se torna uma ameaça quando pulverizada no ar e aspirada pelas pessoas.
- Agravamento de alergias e asma Assim como a baixa umidade do ar pode ressecar as mucosas das vias aéreas, agravando crises alérgicas e respiratórias, a umidade em excesso propicia a proliferação de mofo e outros alérgenos, desencadeando mais alergias.
- Cuidados de higiene Para evitar a proliferação de fungos, bactérias e microorganismos, é recomendado que se utilize água destilada no umidificador, pois ela evita que se acumulem resíduos que favoreçam o crescimento desses patógenos. Pelo mesmo motivo, é imprescindível que se realize uma higiene periódica do aparelho.
Alternativas Mais Seguras e Eficazes
Em vez de confiar apenas em umidificadores, é importante considerar soluções que realmente tratem o ar, como sistemas de purificação e esterilização que utilizam filtros HEPA, UV-C, ou tecnologias de oxidação avançada. Estes sistemas removem ou neutralizam uma ampla gama de contaminantes, incluindo vírus, bactérias, alérgenos e partículas de mofo.
Combinar as duas abordagens, ou seja, o uso de umidificadores com tecnologias de purificação e esterilização do ar, é o meio mais seguro e saudável de enfrentar períodos de seca extrema como o que estamos vivendo no momento.