Como a tecnologia em QAI pode ajudar a enfrentar os surtos de Tuberculose no Brasil e no mundo

21 de outubro de 2025

De “morte branca” a “ladrão da juventude” — poucas doenças receberam tantos apelidos poéticos quanto a tuberculose (TB). Talvez isso tenha a ver com o número de poetas que sucumbiram a ela. No entanto, Mycobacterium tuberculosis é muito mais do que um flagelo histórico dos tempos vitorianos. A tuberculose continua sendo a doença transmissível mais letal do mundo — e o cenário está piorando.

A crise global da tuberculose

A tuberculose é uma doença respiratória debilitante causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Transmitida pelo ar em ambientes internos e aglomerados, a maioria das pessoas infectadas entra em um estágio latente — sem sintomas e sem capacidade de transmitir a doença. Porém, quando o sistema imunológico não consegue mais conter a bactéria, ela evolui para o estágio ativo.

Nesse estágio, podem surgir sintomas como tosse, anemia, fadiga, febre, perda de peso, dor no peito e muco com sangue. (Vale lembrar que a bactéria também pode se espalhar para outras partes do corpo — sendo os gânglios linfáticos um dos alvos mais conhecidos).

A tuberculose acompanha a humanidade há milênios. Mesmo com o advento dos antibióticos e dos testes de diagnóstico, o problema persistiu — primeiro, porque a bactéria desenvolveu resistência aos antibióticos; e segundo, porque grande parte do mundo ainda não tem acesso a esses recursos.

Assim, a tuberculose continua sendo uma tragédia global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “Um total de 1,25 milhão de pessoas morreu de tuberculose em 2023 […] No mundo todo, a TB provavelmente voltou a ser a principal causa de morte por um único agente infeccioso, após três anos em que foi superada pela COVID-19”.

De acordo com as professoras de microbiologia Karen Dobos e Marcela Henao-Tamayo, da Universidade Estadual do Colorado, “Cerca de metade das pessoas com TB ativa não tratada morre da doença, enquanto o tratamento reduz a taxa de mortalidade para 12%”.

O tratamento, porém, exige meses de uso combinado de antibióticos potentes, capazes de eliminar a infecção, mas também tóxicos ao organismo humano — o que pode causar efeitos colaterais permanentes (embora ainda mais leves do que os danos de uma infecção ativa). Por isso, “Detectar casos e tratar precocemente, antes do aparecimento dos sintomas, é essencial, pois reduz a disseminação da doença e também a toxicidade dos medicamentos”.

Novos surtos no mundo

Embora os avanços científicos e os programas de prevenção tenham reduzido o impacto da tuberculose em décadas passadas, os últimos anos mostram uma tendência preocupante de retomada global.

No Brasil, o número de casos voltou a crescer de forma consistente após a pandemia. Em 2023, o país registrou 80.012 novos casos de tuberculose, alcançando a maior taxa de incidência em mais de uma década — 39,8 casos por 100 mil habitantes. Segundo o Boletim Epidemiológico de 2025, o número de notificações em 2024 se manteve elevado, com 84.308 novos casos, o que confirma a persistência da transmissão comunitária.

Ao mesmo tempo, o país também ampliou as ações de prevenção e tratamento, registrando um aumento de cerca de 30% no uso de terapias preventivas em 2024, especialmente com regimes encurtados de três meses. Esses resultados mostram que, embora haja avanço em diagnóstico e prevenção, a tuberculose segue sendo uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil e no mundo.

Nos Estados Unidos, a doença também voltou a chamar atenção. Segundo o Dr. David Dowdy, da Universidade Johns Hopkins, “Quando os serviços de saúde pública enfraquecem, uma das primeiras coisas que se observa são surtos de tuberculose”.

Recentemente, três condados do estado do Kansas registraram um surto de TB com 147 diagnósticos e 67 casos ativos. Embora o risco geral para a população americana continue baixo, esse aumento serve como um alerta sobre as vulnerabilidades dos sistemas de vigilância e a importância da qualidade do ar em espaços fechados.

Trazendo a solução para dentro de casa

Recentemente, a ActivePure submeteu seu equipamento Surface & Air Guardian a um teste contra Mycobacterium tuberculosis em aerossol. O experimento foi conduzido pela University of Texas Medical Branch.

De acordo com o relatório do laboratório:
“Dois aparelhos fabricados pela ActivePure foram usados no estudo — um experimental e um de controle. O dispositivo experimental estava equipado com a tecnologia ActivePure, capaz de inativar patógenos presentes no ar, além de um ventilador de entrada e saída de ar (todas as outras tecnologias internas foram removidas ou desativadas). O dispositivo de controle era essencialmente idêntico, mas sem a tecnologia ActivePure de inativação de patógenos.” (Lawrence & Peel, 2025).

Cada aparelho foi colocado em uma câmara de testes e exposto a uma pulverização de aerossol contendo TB. As amostras foram coletadas:

  • Antes da ativação dos dispositivos
  • Durante a ativação
  • Um minuto após a ativação
  • Dez minutos após a ativação

Os testes foram repetidos várias vezes com cada aparelho, e os resultados médios foram comparados. Os dados do controle foram subtraídos dos resultados do dispositivo experimental.

Em um minuto, o dispositivo experimental apresentou uma redução média de 1,3 log em relação ao controle. Em dez minutos, a redução média foi de 2,26 log.

Isso significa que a tecnologia ActivePure demonstrou reduzir, em média, 94,99% do Mycobacterium tuberculosis em suspensão no ar em apenas um minuto e 99,45% em dez minutos — resultados superiores ao ambiente sem essa intervenção.

Mais uma camada de proteção para ambientes internos

Ao oferecer um método comprovado de redução da Mycobacterium tuberculosis no ar, os dispositivos da ActivePure representam uma camada adicional de proteção para hospitais, casas de repouso, escritórios, escolas e estabelecimentos de saúde no geral.

Com o aumento global dos casos e a resistência bacteriana crescente, tecnologias capazes de inativar patógenos diretamente no ar tornam-se aliadas essenciais na luta contra uma das doenças mais antigas — e ainda mais atuais — da humanidade.

Conte com a Ecoquest para implementar sistemas de descontaminação do ar de ponta, equipados com a tecnologia ActivePure, reconhecida internacionalmente por sua eficácia na redução de microrganismos em suspensão e em superfícies. Atuamos em hospitais, escolas, escritórios e indústrias, levando inovação, segurança e qualidade do ar a cada ambiente.

 

Fontes:

https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202312/brasil-recupera-indice-de-deteccao-de-tuberculose-e-aperfeicoa-tratamento-de-pacientes

https://bvsms.saude.gov.br/tuberculose-pesquisa-estima-que-brasil-nao-atingira-as-metas-da-oms-ate-2030

https://www.paho.org/pt/noticias/24-3-2025-casos-tuberculose-continuam-aumentando-nas-americas-mas-novas-inovacoes-prometem

https://activepure.com/blog/tb-crisis-activepure-airborne-protection/

 

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Somos uma empresa com ampla experiência em soluções para tratamento do ar interno e do ar de exaustão, construindo histórias de sucesso em diferentes segmentos do mercado.

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