Ambientes como supermercados, hotéis e salas de espera recebem milhares de pessoas todos os dias. Mas o que quase ninguém percebe é que o ar desses espaços pode concentrar uma quantidade significativa de bactérias e fungos suspensos, com potencial de causar doenças ou agravar quadros respiratórios.
Um estudo publicado em fevereiro de 2025 na revista Scientific Reports (Nature Portfolio), intitulado “Seasonal variation and influencing factors of airborne bacterial and fungal concentrations in different indoor public environments”, investigou justamente esse tema.
A pesquisa foi conduzida por uma equipe da Universidade de Jiangsu, na China, e analisou 277 ambientes internos — incluindo 243 quartos de hotel, 17 salas de espera e 17 supermercados — ao longo de duas estações (verão e inverno). O objetivo foi medir a concentração de bactérias e fungos no ar interno e entender quais fatores mais influenciam sua presença.
Supermercados: os campeões da contaminação microbiana
Os resultados mostraram diferenças expressivas entre os tipos de ambientes analisados:
| Tipo de ambiente | Bactérias (UFC/m³) | Fungos (UFC/m³) |
| Supermercados | 732,16 ± 1354,82 | 440,52 ± 555,97 |
| Hotéis | 240,86 ± 361,30 | 244,16 ± 377,85 |
| Salas de espera | 206,24 ± 256,82 | 266,81 ± 349,02 |
Em comparação aos valores máximos recomendados pela Anvisa (500 UFC/m³ para bactérias e 750 UFC/m³ para fungos), os supermercados ultrapassam o limite para bactérias — indicando um nível de contaminação potencialmente preocupante.
A explicação é simples: supermercados combinam grande fluxo de pessoas, variações de temperatura, alta umidade e exposição de alimentos crus — condições ideais para o crescimento microbiano.
Fatores que influenciam a contaminação do ar
O estudo identificou que a temperatura, a taxa de troca de ar e a presença de partículas em suspensão (PM₁₀) são fatores determinantes.
Ambientes com temperaturas mais baixas e boa ventilação apresentaram menor concentração microbiana. Já locais com ventilação deficiente ou recirculação de ar mostraram aumento expressivo de microrganismos. A presença de partículas (como poeira) também potencializa o transporte de bioaerossóis, servindo de veículo para bactérias e fungos permanecerem em suspensão.
Implicações práticas para usuários e frequentadores
Ambientes de uso coletivo, especialmente supermercados, representam um duplo risco de exposição biológica:
- Transmissão aérea de microrganismos — bactérias e fungos dispersos no ar podem ser inalados, favorecendo doenças respiratórias como rinossinusite, bronquite, asma alérgica, pneumonia bacteriana e até infecções oportunistas em pessoas imunossuprimidas.
- Espécies como Aspergillus e Penicillium são comuns em ambientes climatizados e estão associadas a quadros de aspergilose e reações alérgicas severas.
- Bactérias aeróbias podem incluir Staphylococcus aureus e Bacillus spp., frequentemente detectadas em ar interno contaminado.
- Contaminação cruzada de alimentos crus — carnes, peixes, legumes e frutas expostos em áreas de manipulação e refrigeração podem servir de fonte secundária de microrganismos, que retornam ao ar por meio de gotículas ou partículas.
- Esses microrganismos incluem Salmonella, Listeria monocytogenes, Escherichia coli e fungos do gênero Candida.
- Em ambientes com refrigeração constante e fluxo de clientes, o risco de disseminação microbiana é ampliado, já que sistemas de ar-condicionado podem recircular contaminantes.
Em outras palavras, a qualidade do ar interno influencia diretamente a segurança alimentar e respiratória nesses locais — tanto para colaboradores quanto para consumidores.
Como reduzir o risco: tecnologias de descontaminação do ar
A pesquisa reforça um ponto essencial: a ventilação por si só não é suficiente para eliminar microrganismos do ar interno. É necessário adotar tecnologias ativas de descontaminação, capazes de neutralizar bactérias, fungos e vírus em tempo real.
É exatamente isso que faz a tecnologia ActivePure, exclusiva da Ecoquest no Brasil.
Desenvolvida originalmente para a NASA, a ActivePure atua de forma contínua, gerando moléculas purificadoras que circulam no ambiente e inativam microrganismos diretamente no ar e nas superfícies, sem liberar ozônio e sem representar risco para pessoas, animais ou alimentos.
Diferente dos sistemas passivos, que dependem de que o ar contaminado passe por filtros ou lâmpadas UV, a ActivePure atua no ambiente inteiro, alcançando áreas de difícil acesso e reduzindo rapidamente a carga microbiana — o que a torna ideal para locais como supermercados, hotéis, clínicas, academias e escritórios corporativos.
Conclusão
O estudo publicado na Scientific Reports evidencia que a concentração de microrganismos no ar varia conforme o tipo de ambiente, sendo os supermercados os locais com maior risco de contaminação bacteriana. Em tempos em que a saúde respiratória e a segurança dos alimentos são temas centrais, a qualidade do ar interno não pode ser negligenciada.
Embora tenha sido conduzida na China, essa pesquisa acende um alerta global. As condições observadas — grande fluxo de pessoas, ambientes refrigerados, exposição de alimentos crus e ventilação limitada — são comuns em estabelecimentos do mundo todo, inclusive no Brasil.
Por isso, supermercados, hotéis, clínicas e outros espaços de grande circulação devem considerar a camada de proteção microbiológica do ar como parte essencial da gestão de qualidade. Ignorar esse aspecto pode ter impactos não apenas na saúde de colaboradores e clientes, mas também na saúde financeira da empresa — já que surtos de contaminação, afastamentos e reclamações podem gerar prejuízos de imagem e custo operacional.
Com tecnologias como a ActivePure, a Ecoquest ajuda empresas e gestores de facilities a implementar soluções eficazes de descontaminação do ar, criando ambientes mais seguros, saudáveis e sustentáveis — onde qualidade do ar também significa qualidade do negócio.
